sexta-feira, abril 10, 2009

Encarando o Infinito

Falta pouco para completar a segunda semana desde o término de... Algo que eu achei que nunca ia terminar. Sofrível, sofrível... É tudo que tenho a dizer. Me sinto como um bipolar, oscilando da felicidade à tristeza. Continuo correndo atrás do que acho correto, vendo que por certos sonhos, os fins justificam os meios.

É de se pensar, o que as pessoas estariam dispostas a sacrificar pelo o que realmente querem e amam... Eu também, eu também já me fiz essa pergunta. Encarei o infinito atrás de respostas e só consegui uma, uma que eu não sei se é a correta, mas deixa o meu coração acalentar, eu sei que há outras mais, mas, só essa se encaixa em que sinto.

O que são os sentimentos? Uma incognita, uma incognita cheia de variaveis. E fico imaginando, se alguma vez realmente sabemos o que sentimos ou é apenas reflexo do que achamos ser um sentimento...

Então como ter certeza do que realmente sentimos? Não sei responder, apenas acredito que a certeza vem do que pensamos. Tudo vem do que pensamos. E tudo é o que pensamos. É essa a explicação para o cérebro enganar a sí mesmo às vezes, essa explicação de tudo. Muitos nunca reconheceram o amor quando ele lhe tocou, outros sempre confundiram o amor, então, como ter certeza do que se sente? Não se tem, não se não acreditar.

O que faz uma pessoa ser diferente de outra para nós? O que faz diferenciarmos quem amamos de quem simplesmente existe e de quem odiamos? Convicções, crenças e o que pensamos. É o que faz tudo isso. Somos um emaranhados de ideias e sentimentos, todo o ser humano é, por mais que finja e por mais que pareça ter uma placa de aço no coração, todos sentem. Amar as vezes é estar justamente no meio de um sonho, de agônia a êxtase. De decepção e esperança, é isso que é minha convicção, não que seja um sofrimento sempre. Nunca é sempre ruim.

Assim como nunca é sempre bom. Amar é, como eu posso dizer, o sentimento mais controverso da história. Quanto mais feliz nos deixa, mas faz sentir falta de algo, mais faz sentir falta de algo e faz simplesmente alguém se jogar no abismo por estar guiado por uma sensação de prazer cega. Mas e quando se sofre? É quando mais amamos, é quando sofremos todas as dores e desafiamos nossas convicções sobre uma pessoa, se a resolução for positiva, não importa o que aconteça, ainda existirá amor. Eu sei, eu passei por isso. Passei por ambos ao encarar o infinito. A busca pelo passado é o maior erro de uma pessoa: Nada volta a ser como era. Então como saber o que queremos da vida? Não sabemos, apenas experimentamos.

E quando se experimenta tudo, resta algo? Não em vida. Não em vida, o que faz de uma vida um tanto vazia e um tanto desesperadora, sabemos que quando não há nada novo, nada que valha a pena, não há sentido em se erguer e continuar. E por que continuar? Continuar na esperança de que algo te leve para longe e te traga algo novo? Algo que tu nunca imaginou querer antes, surja perante alguém? Não sei. Mas foi o que me aconteceu. Viver a vida esperando que seu último dia chegue logo. Não, não um suicidio tradicional, apenas uma vontade de não viver mais. Alguém sabe qual é o peso disso para uma pessoa? Eu sei.

O desapego de alguém pelo que é considerado, até pela lei, indisponivel. A vida de alguém não pode nem ser tirada por ele mesmo, de tão valiosa que se considera ela. O presente é uma dádiva para aqueles que não experimentaram tudo, para aqueles que não tem mais o que buscar, é apenas tortura. Até que algo vira teu mundo de cabeça para baixo, e tudo que não parecia fazer sentido, faz. Como um furacão que elimina tudo em seu caminho, te traz uma nova esperança.

E para que? Algum dia essa mesma pessoa vai embora, sempre vão embora. E a agônia de saber que pode haver algo tão bom que tu não experimentou, mas apenas com tal pessoa, é terrivel, pois agora tu voltará ao teu limbo, aonde tu pagarás por todos os pecados, porque sabe que pode haver mais, ser mais... E isso é muito... Agoniante.

O infinito é belo, dizem que amar é voar sem ter asas. Queria saber se realmente voar é a mesma sensação que senti junto dela, tocar o infinito, rasgar os horizontes. Mas as vezes o horizonte parece tão distante... Tão distante... Que os espinhos das antigas rosas de amor te prendem e torturam de forma cruel.

Embora não devamos mais ligar para rosas... Mas, no final, sempre choramos ao lembrar do passado, quando era apenas um mar de rosas.

Enquanto busco a resposta para parar minha hemorragia emocional, eu encaro o infinito, com uma pequena esperancinha, de que o infinito também encare a mim. Que o infinito enfim, me traga o que sonho.

segunda-feira, abril 06, 2009

Quando o fácil se torna insuportável...

Sempre que pensei em mim eu pensei em força. Uma força sem tamanha e imensuravel energia... Sempre pensei em coragem, sempre pensei... Até uma semana atrás...

A mulher da minha vida se sentiu triste porque não conseguia retribuir tudo que eu sentia e enfim, o que eu mais temia aconteceu, o fim. Foi o inicio da minha mudança de ver as coisas. O inicio do que eu realmente venho sentido agora.

Naquele dia eu chorei como uma criança e a tristeza tomou conta de mim como nunca havia e isso se seguiu por mais dois dias. Então eu comecei a me erguer até me machucar mais uma vez, agora, porque eu na minha tentativa - idiota - de tentar ajudá-la, acabei ferindo ela a ponto de arrancar toda a confiança que eu ainda talvez tivesse com ela.

E isso me partiu em pedaços, mas, eu comprei um violino para afastar a tristeza e aprender a tocar, tocar para me acalmar e me fazer bem, mas sabe, no meu íntimo eu quero tocar ele para ela ainda. Eu jurei um amor, um amor que nenhum dos meus amigos, exceto dois, compreendem.

Meu amor por ela é eterno. Nunca vai acabar, mesmo que ele me destrua, ainda vai viver. E o que eu não daria para ter ela de novo na minha vida como eu tinha antes... Eu apenas sinto tristeza agora. Eu tento viver, e por uns dias eu esqueci disso tudo, mas durou apenas três dias.

Na sexta feira, o meu time, o Gigante da Beira Rio fez cem anos, eu chorei de felicidade, mas uma pontinha, bem pequena, ainda me lembrou dela. No sábado eu sai com meus amigos para me divertir, sorrir e ir numa festa, mas no final, algumas músicas são piores do que palavras ou simplesmente memórias, mais uma vez fui posto ao chão por sentir algo que eu não posso - e nunca vou querer mudar, meu amor por ela.

Então no Domingo veio o concurso, talvez, se o mundo for muito irônico, eu vou passar e me mudar para a terra dela. E depois veio o clássico dos cem anos e fiquei muito feliz, satisfeito, pela vitória do meu amor em vermelho... Mas ainda assim, a sombra dela ainda me seguia e eu ainda sentia o abraço que ela me dava enquanto estive com ela. E isso me fez chorar.

Ela é meu primeiro pensamento do dia: "Tenho que acordar a Fê". E meu último: "Espero que ela me odeie menos hoje, como eu a amo".

Sempre foi, sempre vai ser... E isso me consome por dentro, mas eu sei que tem que ser assim. Algumas coisas nossas ela ainda não abandonou, não sei se... Ela também chora quando lembra do que passamos ou simplesmente se não se lembrou... Mas como eu sou um tolo, eu ainda tenho esperanças de que ela me ama... Ah, como eu sou um tolo.

Ainda visto o colar que ela me deu, e ainda quando tenho medo ou fico triste eu beijo ele e peço para Deus, por algum motivo, depois disso, eu comecei a pedir coisas a ele, que me escute, não por mim, mas pelo o amor que sinto por ela. Sabe... As vezes penso que ela é mais que 75% do meu dia. E eu espero toda manhã chegar só pra ouvir a voz dela de novo, só para poder sentir perto dela novamente, não é saudável, mas é o que me deixa bem ao passar dos tempos.

Eu tive centenas de pesadelos, eu não quero dormir novamente, eu tenho medo, mas a esperança sempre existe, porque eu tive um sonho bom. Me falam tantas coisas, que é normal ficar assim, que eu vou mudar, que eu vou esquecê-la, mentira... Isso nunca vai acontecer. Eles não sabem o que sinto, podem ter passado por algo parecido, mas ninguém é como eu.

Não que tenha sido egocentrico por essa frase, mas, é que eu me sinto o último da minha espécie, não o último, mas um dos últimos. E que essa dor vai me consumir. E a minha visão de força? Fica turva e como o meu corpo agora, não consegue suportar nada... Apenas sente dor enquanto o coração bate pedindo perdão, perdão para mim por não ter feito ela me amar o suficiente. Como eu deveria me sentir? Eu não sei. Eu machuquei ela no final, eu sei disso.

Eu imagino que ela ao escutar de mim más notícias. Más noticias que ela tenta evitar a todo o custo, será que eu me transformei de homem da vida dela para apenas, um pedaço de memória ruim? Eu não sei, sinto todos os meus erros me apertando. Uma pessoa me disse: "Ela não tá pronta para uma relação séria assim, deixa ela, ela tem que crescer". Hoje vejo que ela está errada, fui eu quem nunca estive pronto para isso, nunca estive pronto para ela. Eu quero ficar, acredito que eu esteja já quase ficando, mas não vou me iludir, eu vou demorar e se algum dia eu reconquistá-la, será como rever os 100 anos.

Seria uma sensação de viver 100 anos em uma vida, talvez, e apenas talvez, ela volte logo. Eu ficaria feliz, eu fico imaginando... Se ela sabe da minha dor e se importa... Ou se simplesmente fala palavras de "Não fique triste" para não ter peso na consciência. Eu não sei, eu realmente não sei, mas as vezes eu queria que uma doença ou uma catastrófe acontecesse comigo. Não para "Ter o amor dela de novo", isso não existe. Mas para congelar a minha memória.

Congelar toda a minha memória enquanto ela ainda é tão bela, enquanto ela ainda, mesmo que dolorosa, me faz sorrir antes de dormir. E me faz sentir o abraço dela quando eu me sinto só.

Eu já escrevi uma centena de coisas, quem sabe. Mas nada é tão sincera como essa, eu queria muito poder de algum jeito mudar algo. Para que eu pudesse fazê-la feliz e não, não ser mais más noticias. Mas eu não consigo ver um meio... A dor anubla minha mente... E eu estou com medo de que essa luta eu não consiga vencer...