Então... agora chega a hora de falar de uma série de TV. Minha favorita? House.
"Everybody Lies" é as palavras de House. Todos mentem. Isso é fato, não só comprovado pela série, mas pela vida. Todos mentem ou já mentiram uma vez e quem dizer quer não, estará sendo hipócrita e um tanto quanto romantizando a condição de um ser humano.
Eu já menti, ainda minto.
O problema não é o fato de mentir e sim como e para quem tal ato é utilizado, isso muda tudo.
Quem mente para quem confia, realmente, ao meu ver não é merecedor de confiança.
Lealdade a palavra e nunca mentir para aqueles que amo e confio. É no que eu acredito, nunca menti para minha namorada e depois que assumi essa filosofia, nem para meus pais e parentes proximos.
Mentir? Não, não considero um pecado. É algo da natureza humana,
apenas nosso ver de 'ser perfeito' que faz o ato de mentir vil. Todos acreditamos que a pessoa que tenha todas as virtudes e nenhum vicio ou defeito seja perfeita. Seja sincero, honesto, leal, compreensivo, altruista e uma inumera lista de qualidades e virtudes. Nenhum ser humano detém todas essas caracteristicas, por isso, seria o modelo perfeito. Pois ele é
inalcançavel.
Mas bem, não quero ser perfeito. A perfeição ao meu ver não se da por simplesmente... deter caracteristicas que todos achem boas. Não, eu acredito, que cada um é perfeito para certas pessoas. Assim como
eu acho minha namorada perfeita para mim, eu tenho noção de que ela não é perfeita,
mas amo todos os defeitos dela assim como todas as qualidades,
ela me complementa e me faz então, perfeito.
Tento ser perfeito para ela, tento ser um bom filho e também um bom amigo. Não sei se consigo ser 100% do tempo assim, até como Descartes diz... nunca é 100%. Mas sabe, queria deixar essa paranóia de Descartes de lado e dizer.
Se tu confias em alguém, deposite 100% da sua confiança na pessoa, porque só assim, tu vais confiar. Eu confio no meu amor, eu confio nos meus pais, 100%.
Mas voltando ao House. Ele é um médico anti-social, egocentrico, narcisista, viciado em Vicodin, arrogante e que não segue nenhum padrão de ética. Mas é um gênio, caracterizado por uma inteligencia incrivelmente alta e quase nenhuma empatia, ele fala o que quer sem se importar, fala o que pensa sem ter medo de ferir ninguém. Isso
o afasta das pessoas.
House tem três assistentes, quatro agora no final da quarta e na quinta temporada. Além disso, tem seu melhor amigo,
James Wilson e também sua chefe,
Elizabeth Cuddy, são as únicas relações... 'afetivas' de House, sendo que considero Cuddy e Wilson, os unicos amigos verdadeiros dele.
House tem um talento com instrumentos musicais, o que me leva a crer que poderia ter sido um músico em uma realidade alternativa (XD). Os episódios de House me geral tem apelos humoristicos inteligentes e racionais, pelas tiradas ironicas e sarcásticas do Dr, que não se importa em humilhar e ridicularizar os membros de sua equipe e até seus únicos dois amigos.
Como uma pessoa, concordo, ele é detestável, uma pessoa insuportável, mas, o que faz-se admirar nele é o modo de que ele fala o que pensa, mesmo às vezes estando errado, ele não tem medo de dizer. As pessoas não deveriam ter medo de dizer a verdade.
Outro fator importante é que ele é aleijado de uma das pernas em vista de problemas passados (Revelado se não me engano, no episódio "Three Histories") que contribuiu ainda mais para a arrogância dele de achar-se sempre certo - pois ele fora o único que diagnosticou correto o problema de saúde que tinha - mas não lhe deram ouvidos e sua perna acabou sendo praticamente inutilizada.
Ainda mais, a perna sofre de constantes dores, por isso, toma muito Vicodin para amenizar, mas, depois de um tempo nota-se de que House já não é um simples usuário de analgésicos para dor, ele já é um viciado, abordado isso muito bem na 3ª temporada. Ironicamente seu vício é a única coisa que diminui a dor na perna dele e o faz pensar racionalmente.
A série também apela para conflitos éticos, muitas vezes feitos pelo próprio protagonista, sobre como tratar os pacientes, invadir as casas dos pacientes sem permissão e outros casos mais
particulares de cada caso. Uma abordagem não protocolar que mostra que nem sempre os 'padrões' e 'protocolos' salvam vidas em hospitais.
É uma ótima série e eu não perco um episódio (Viciado? Nem um pouco) e recomendo para verem quanto estiverem com tempo. E sim, Hugh Laurie é o interprete de Gregory House, que foi baseado em Sherlock Holme, pelo seu criador, David Shore.
Então... é isso meus caros!
Espero que reflitam!
PS: 15 dias... e ainda contando. Cada vez menos, cada vez menos!