quinta-feira, janeiro 22, 2009

Reencontrando a sí mesmo - Parte II

Mas não termina apenas com a primeira dor...
...Na verdade há muito mais do que penso...
Eu nunca mudei minha vida mais do que um bairro...
...Estudei por uma vida num mesmo lugar
...De criança até me formar...
Meu corpo...
Minha mente...
Minha alma...
Pedem mudanças...
Todos sabem, quero ir para aonde ela está
Quero crescer...
Amadurecer
Lutar e viver...
...Pela primeira vez sem proteção...
Mas apenas com a força que tiver em meus ombros...
Disperdiço chances que milhares querem e não conseguem?
Talvez, mas, se for por isso, todos comeriam menos do precisam para todos comerem
Disperdiço um berço de ouro?
Eu cresci e só tenho minha cama box agora...
...Ainda escrevo desse jeito...
...Perdido e alucinado...
...Ainda me sinto assim, não mudou nada de uma hora pra cá...
...Apenas senti meu amor por ela aumentar...
...E eu me sinto feliz...
...Por ela me amar...
...Por ela a mim desejar...
...Embora ela mesma diga para eu ter calma...
Mesmo assim não me encontro aonde eu estudo...
...E escrevo o que sinto, o que penso e o que doi...
Seria minha paixão profissional, escrever?
...Sinto falta dos nove cães dela também...
Queria poder juntar aqueles nove com meus quatro...
...Juntar a vida dela com a minha...
De forma inquebravel...
...Inabalavel...
Indescritivel...
Por que eu ainda sinto os olhos molhados?
Por que eu ainda sinto tanta saudade?
...Ela ainda não está comigo...
A vida não é dificil...
...Nem complicada...
...Nem fácil...
...Nem Simples...
Ela é apenas ela...
...Complicamos a simplicidade...
...E simplificamos a complexidade...
Por que?
Eu não sei a resposta.
Quem sou eu?
Quem vou ser eu?
Quem era eu?
Eu não sei.
Só o destino sabe...
...Ninguém antes dela...
Pudera eu viver pela noite...
...Como se a vida fosse um jogo...
Estaria eu com ela, assim?
Não. Eu não quero viver uma vida sem ela.
Uma vida sem orgulho...
Uma vida sem esperança...
...Uma vida sem meu amor...
...Eu queria poder viver do que escrevo...
...Assim eu sei que não morreria de fome...
...Eu digo que ela é o centro do meu ser...
E o cerne da minha felicidade...
...Mas não quero que ela sinta esse peso...
Pois por mais zangada que ela um dia esteja comigo...
...Ou frustrada por algo...
...Por tudo de ruim que possa vir de algo assim...
...Não me afetaria...
Ela ainda me faria feliz...
...Ela ainda me faria sorrir...
Uma vida não pode ser contabilizada nos momentos ruins...
Nos momentos de raiva...
...E sim nos momentos de amor...
De paixão...
De alegria...
Felicidade...
Por isso eu nunca vou me irritar com ela...
Nunca ficaria triste por algo que foi dito nesses momentos...
Ou por algo que possa ter sido feito...
...Pois fico feliz só de estar com ela...
Já disse...
Repito...
Eu quero ir viver junto dela, perto dela...
...Mas não só por ela...
Lá até meus pulmões respiram melhor...
...Ainda amo meu Rio Grande como nunca vão entender...
...E quero sentir saudade dele...
Pois pouco a pouco...
...Milimetro por milimetro ele me sufoca...

Essa é a segunda parte do meu apelo, no final, eu espero...
...Que tudo que eu escrevi não seja em vão...
...Que entendam que eu quero partir...
...Morar lá longe, perto dela...
...Que não é por ela que eu me apaixonei por uma profissão...
...Pois ela é meu orgulho e minha esperança...
...E parte fundamental da minha felicidade...

Espero que a dor se elucide nessas linhas tortas...
Pois será o ultimo dos três textos escrito dessa forma...
...Pois... o ultimo deve ser da razão...

Assinado: Tanauã Dias Martins

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