quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Inutilidade...

Me sinto inutil...
Me sinto inutil por não poder fazer o que sinto que preciso.
Por não estar aonde sinto que preciso estar...
Por não poder me livrar do que preciso me livrar.
Por não mudar o que preciso mudar...
Por simplesmente não conseguir correr atrás do meu sonho...
Dos meus sonhos...
Por simplesmente não poder estar com ela quando mais precisa...
Quando tem medo...
Quando tem raiva...
Quando simplesmente me deseja.

"E pouco a pouco isso vai me fazendo sufocar
E pouco a pouco eu entristeço ainda mais
Pouco a pouco sinto pena de mim mesmo
Pouco a pouco eu me afogo em o sentimento de impotência
Pouco a pouco eu sinto perder um pedaço do meu ser"

Sei muito bem o que tenho aqui.
O que eu teria lá. O que teria de fazer.
E esse sentimento corroí meu corpo.
Me sinto simplesmente incapaz de fazer...
Qualquer coisa que eu queira.
Me sinto impelido a fazer tudo o que pedem.
Mas nada do que eu realmente queira...
Nada do que eu realmente deseje...
Nada do que eu realmente sonhe.

"E sinto o peito apertar mais pela saudade também.
Sinto a minha mente latejar e se encolher.
Pouco a pouco sinto minha alma se comprimir em um pequeno
E fino lapso do meu ser.
Eu me sinto perder todo.
Eu simplesmente me sinto imprestável.
Pra qualquer coisa.
Ou coisa qualquer.
Nem aonde eu constumava gostar de 'trabalhar' eu me sinto capaz de fazer.
Só olhar me cansa, eu me sinto preso por coisas indesejaveis.
Me sinto mal.
Sufocado.
Triste.
E de certa forma.
Humilhado pelos meus próprios demonios".

Olho para o céu e penso no que eu perco.
Nos momentos que não vivo.
Na imensidão que nunca conhecerei.
Por que tais laços são tão dificeis de apagar?
Por que me sinto assim, por que sinto minha alma gritar?
Por que sinto-me inferior a mim mesmo.
Como se não fosse capaz de fazer o que realmente desejo.
E de me tornar de fato, um hipócrita pra mim mesmo.
É horrivel tal sentimento. É horrivel tal sensação.
Me sinto com frio, fome e sono.
Na verdade, nem nos próprios sonhos eu tenho tido paz.
Porque eles não aparecem mais.
Me sinto perder cada vez mais. Eu mesmo.
O que eu posso fazer?


"Solitária alma.
Que sempre viveu só.
Sempre perdida.
Sempre no meio da multidão.
Sente-se só mesmo com outros.
E quando tem um sonho, não realiza.
Ah, ela racionaliza e sofre a sua dor.
Sente o que mais ama longe.
E quanto mais longe mais incapaz de se erguer é.
Não pode tocá-la.
Não pode sentí-la.
Apenas lê-la, compreendê-la e amá-la.
Quando escuta o peso diminui.
Mas por quanto tempo, por quantot empo?
Pobre criança.
Sentir-se imprestável.
Inútil. E não desejar a própria condição.
É o pior castigo pros que já viveram em devasidão.
Chore, grite! Não se reprima.
Sinta a dor que se negue a sentir.
Soluce e chore.
Mas não, o medo impede.
Combata, vença.
Mas nunca se tem certeza, não há mais espadas para empunhar.
Estude, progrida.
Mas o tempo para se decidir já passou.
Determine, faça.
Mas no final, não adianta em nada.
Procure e encontre.
Pra que? Se não há como.
Encontre a razão, acalente o coração.
No final, não há motivos para tal.
Ame-a, lute por ela.
É a única coisa que sinto que posso fazer.
E sei que sempre poderei.
Mas, peço ajuda. Eu não consigo vencer tal luta.
Não porque não a amo o suficiente.
Mas é que sozinho.
Eu vou morrer sem ver o sorriso da minha amada."

Tanauã Dias Martins


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